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Ceia de Natal e o convidado vegano.

É quase certo o anfitrião da ceia de Natal ficar preocupado quando um de seus convidados é vegano.

No meio a tantos pratos a preparar, fartos dos mais variados tipos de carnes, ainda terá que se preocupar com opções para o convidado “especial”?

Quem me conhece sabe que não gosto de incomodar ninguém com relação a minha dieta vegana, mas, de fato, isso acaba sendo impossível quando se é convidado para uma ceia de Natal tradicional. Por mais que eu diga que me basta um bom arroz com feijão, legumes e saladas, as pessoas acham sempre que fica faltando a tal “proteína” ou sei lá mais o quê. “Você só vai comer os acompanhamentos?”

Além do feijão e outras leguminosas, ainda há as diversas castanhas e amêndoas que nos servem muito bem de proteína (quanto aos outros nutrientes, os vegetais são ricos em todos eles).

Complementando com um arroz bem refogado, legumes cozidos ou grelhados ao azeite e uma salada bem variada, não preciso de mais nada para “subir às nuvens” e agradecer o banquete.

Lembro e peço ao anfitrião apenas a gentileza de não “sabotar” o vegano. Claro que não o fazem propositalmente, mas normalmente as opções veganas podem ser, por descuido, salteadas por pequenos pedaços de bacon, queijo-ralado, manteiga no preparo, ovo picado, etc. Em ceias de Natal há sempre muitas opções veganas, mas tornam-se impróprias a nós por estes pequenos detalhes que quem não é vegano, muitas vezes, deixa passar.

Bem, voltando-me agora para o verdadeiro propósito do Natal, imagine-se sentado à mesa da ceia e, aos poucos, elevando-se, como se começasse a flutuar, passando a ver de cima toda a mesa, com os convidados bem acomodados, conversando e confraternizando. Uma mesa muito bem decorada e repleta de comida. Todos comemorando e brindando ao nascimento de Jesus, ao Amor e à Vida. Entretanto, pratos feitos à custa de animais inocentes, de seres sencientes, com o mesmo direito à Vida que nós humanos, mesmo sabendo que não necessitamos de carne ou qualquer alimento de origem animal para nos bem nutrirmos (veja What The Health).

A princípio, tornei-me vegetariano pela saúde, mas, ao conseguir perceber o sofrimento que causava aos outros animais por consumir sua carne e produtos frutos de sua exploração, encontrei a motivação que me mantém firme nesta causa. Redescobri o sabor dos alimentos vegetais e, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, há prazer no paladar do vegano, mas de uma forma muito mais especial, pois é livre de culpa, sofrimento e morte. Uma boa receita vegana não perde em nada em sabor para as receitas tradicionais.

Sei que não posso pressionar nem julgar ninguém, que cada um tem seu tempo. Mas posso informar, contar minha história e, quem sabe, tocar outras pessoas à causa vegana.

Sonho com o dia em que teremos Natais veganos, onde haverá alinhamento do que se oferece na ceia com o que é celebrado nesta data.

Namastê

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